Ato II: Poeta tenta contactar homem e é impedido pelo tráfego


Em nada inspira-me uma cidade.
Em tudo a cidade é inspirada:
Cresce, arranha o céu,
Endurece, arranha o homem.

Vejo-te deslocado em si,
Tentas humanizar o que tocas,
Nada compensará.
Deus não atravessará a rua.
O amor não nascerá na calçada.
Nenhum auto te entenderá.

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